terça-feira, 17 de junho de 2008

A decisão de partir


Quem me conhece sabe perfeitamente, que sou uma pessoa com garra e lutadora, não temendo as contrariedades da vida, mas aos 32 anos de idade começamos a olhar o mundo que nos rodeia com outros olhos.
A melhor coisa que me podia ter acontecido, nestes últimos anos, foi sem dúvida alguma a inigualável experiência de ter sido pai.
Depois então, do que o meu filho passou para nascer (devido a uma política economicista deste país chamado Portugal) vejo esta benção de Deus, com uns olhos muito maiores do que seria normal...um milagre que por pouco não acabou em tragédia.
Valeu sem dúvida, o progresso da medicina e claro está, um toque daquele que está em todo o lado.
Mas quando somos bafejados pelo efeito anestesiante da paternidade, tudo em nosso redor é minimizado e só podemos ter olhos para aquele maravilhoso ser, que não por mera coincidência, um dia nos irá chamar Pai.
Por ele, e por ter desacreditado num país para o qual sempre dei o meu melhor, mais do que devia, tendo em conta aquilo que ele me deu a mim, resolvi acabar com esta situação de forma radical, abandonar quem não me deu (nem dá) condições para ficar.
Procurei um país que me reconheça não só como cidadão do mundo, mas principalmente como ser humano, coisa que infelizmente Portugal não consegue fazer.
Depois de muito ponderar para onde deveria ir, de muitas pesquisas, e tendo, claro está as minhas preferências, decidi-me pela civilizada, moderna e maravilhosa Suíça, país presente nas nossas memórias de infância quando nos vem à cabeça os tão famosos episódios da Heidi em que ela corria nos Alpes Suíços, tendo por fundo umas maravilhosas paisagens.
Outros tempos, outras histórias que dificilmente se poderão novamente viver...pelo menos em Portugal!

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