domingo, 12 de abril de 2009

Aproveitem...


Os patrulheiros da ex-BT da GNR vão continuar a ‘fechar os olhos’ às multas, apesar do anunciado reforço da fiscalização rodoviária, no âmbito da Operação Páscoa 2009.

"Estamos cada vez mais revoltados com as pressões que temos sofrido e não vamos vergar enquanto não formos integrados na Unidade Nacional de Trânsito", garantiu ontem ao CM um representante dos militares descontentes, que prefere manter o anonimato.

A GNR vai mobilizar desde as 00h00 de hoje e até às 00h00 de domingo uma média de 2062 militares por dia, distribuídos por 936 patrulhas. O reforço policial previsto para esta época do ano visa a realização de mais operações stop, o que implica que os militares no terreno sejam acompanhados de perto pelas chefias.

Esta proximidade, porém, não será impeditiva da continuidade da greve às multas. "Há muitas formas de contornar a situação. Nós só mandamos parar quem queremos e basta, por exemplo, inspeccionar só os carros mais novos para a probabilidade de haver uma infracção ser menor", diz a mesma fonte.

O tenente João Figueiredo, da Unidade Nacional de Trânsito, desvaloriza a questão. Apesar de garantir que não conhece "qualquer situação concreta de greve às multas", explica que, mesmo que tal se verifique, os objectivos da ‘Operação Páscoa 2009’ não passam pelo aumento das autuações a condutores.

"Vamos estar nas estradas com grande visibilidade. O nosso objectivo é contribuir para a redução da sinistralidade e não estamos preocupados com as sanções aos condutores. Se quiséssemos aumentar as autuações não estaríamos tão visíveis e actuaríamos de uma outra forma", diz o militar.

A condução perigosa ou agressiva e manobras como as ultrapassagens e mudanças de direcção nos cruzamentos vão merecer uma especial atenção dos militares, que estarão também mais vigilantes ao uso do cinto de segurança.

"Gostaríamos de acabar a campanha da ‘Operação Páscoa 2009’ com zero mortes, mas isso infelizmente não está nas nossas mãos", diz o tenente João Figueiredo.

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