Hoje ao dar um passeio pela baixa, aproveitei e fui beber um café a um dos marcos históricos da cidade de Lisboa, o sempre bonito e famoso Café Nicola.
Estava com pressa, mas uma chuva imensa abatia-se naquela altura sobre o Rossio, o que me obrigou a ficar no interior do café mais tempo do que desejava.
Enquanto apreciava um saboroso e bem tirado café, um casal na casa dos 50's e poucos tinham uma verdadeira e acesa discussão, cujo tema era a pouca vergonha que se passava com as nossas prisões...
Parece que, no mandato do anterior Ministro da Justiça, o Governo Português, tinha dado ordem para vender algumas das nossas cadeias e construir de raiz novos edifícios para este efeito.
Até aqui tudo bem, se pensarmos numa racionalização de bens e serviços que certamente se englobam na poupança que o nosso governo quer levar a cabo. Mas no meio desta história toda, algumas dessas prisões (ou quase a totalidade) foram mesmo vendidas a particulares por preços..."um pouco" a baixo do que era suposto...
Mas, o pior é que a construção de novas prisões ficou (como uma panóplia de outras obras) cancelada.
E o que é que neste momento sucede?
Prisões que foram vendidas a particulares, continuam a ser ocupadas pelos mesmos presos, só que com uma pequena diferença. Desta vez é o Estado Português que paga mensalmente uma renda ao (novo) proprietário das prisões.
Resumindo e concluindo, o governo vende, não substitui as velhas prisões e ainda paga para guardarem os presos. Fica sem o património e daqui a uns meses o "novo senhorio" tem o investimento pago, ficando com o porco, chouriça e corda.
Não sei se será efeitos da Expo Xangai 2010, mas atrevo-me a dizer que este é um daqueles negócios da China...
E alguém está a ganhar com a situação !
Claro, para já não falar na renda mensal (1.000.000) de €uros que é paga pelas instalações (vergonhosas e sem condições nenhumas) do novo (e com vista para o rio) Campus da Justiça na Expo.
Claro, para já não falar na renda mensal (1.000.000) de €uros que é paga pelas instalações (vergonhosas e sem condições nenhumas) do novo (e com vista para o rio) Campus da Justiça na Expo.
Portugal completamente (des)governado.
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